terça-feira, 7 de agosto de 2012

Revelações sobre tortura de Dilma intriga Brasil, diz "NYT"



Informações dos abusos do regime que perseguiu seus opositores políticos, 
incluindo Dilma, tornam-se públicas e vem "fascinando" o país
























Detalhes das sessões de tortura sofridas por Dilma na ditadura militar têm
intrigado os brasileiros, informa matéria publicada pelo "New York Times"
no sábado (4).
Com os avanços das investigações da Comissão da Verdade, muitas informações
dos abusos do regime que perseguiu seus opositores políticos, incluindo a
presidente, tornam-se públicas e vem "fascinando" o país.
Os detalhes revelados pelas investigações abrangem diversas vítimas e algozes, e
incluem os nomes dos torturadores de Dilma, como do oficial de reserva Maurício
Lopes Lima, 76. Lopes foi um dos alvos de "esculacho", protestos que tiram do
anonimato os antigos militares com pichações e buzinaços na frente às suas
residências.
A publicação explica a atuação de Dilma na clandestinidade nos anos 1970, com
sua atuação na organização de esquerda Var-Palmares, sua relação com o ex-
marido Carlos Franklin Araújo e suas passagens pelas prisões militares.
Desde de quando foi eleita, segundo o jornal, Dilma se recusou a fazer papel de
vítima, enquanto tomava medidas para aumentar a transparência em relação aos
dados dos anos da ditadura no Brasil.
Passado
O interesse faz parte da relação delicada com o recente passado autoritário do
Brasil, somado à grande popularidade da presidente, que mesmo com a
desaceleração da economia tem 77% de aprovação.
Os veículos de comunicação buscam conhecer cada vez mais a vida íntima de
Dilma, como seus hobbies, e também os relatos das sessões de tortura que sofreu,
diz o jornal norte-americano.
Os depoimentos da presidente sobre as sessões que sofreu vieram a público em
junho passado, com a revelação de que ela foi torturada também em Juiz de Fora
(MG), além de no Rio de Janeiro e em São Paulo, como já se sabia.
Os relatos de Dilma contam como era a tortura, nas quais ela sofreu com sessões
de palmatória, pau de arara e espancamentos.
Perfil
A personalidade forte de Dilma, diz o texto, chama a atenção dos brasileiros. Seu
estilo "linha-dura" e sua fama de fazer chorar até experientes chefes de governo
com suas broncas transformou a presidente em alvo de inúmeras sátiras e
paródias, algo que seria impensável para um presidente na ditadura militar.
O jornal compara a trajetória de guerrilheira de Dilma com a ex-presidente do
Chile, Michelle Bachelet, e o presidente do Uruguai, José Mujica, também ex-militan
tes de esquerda que combateram regimes totalitários em seus países na década de
70. As informações são da Folha.com.

Nenhum comentário: